Massa crítica: se despe das desculpas e #VáDeBike

Foi em setembro de 1992 que a Massa Crítica começou, lá em São Francisco. De lá para cá, mais de vinte anos se passaram e a Massa já está presente em diversas cidades e países. Para entender o movimento, convidamos a Silvia Pont, de Porto Alegre, para uma entrevista. Ela frequenta a marcha há cerca de três anos e dá algumas dicas para quem quiser começar a trocar o carro pela bike.

#VáDeBike

#VáDeBike

Há quanto tempo você participa da Massa Crítica e como começou?

Sílvia Pont – Fui pela primeira vez numa Massa Crítica há uns três anos. Já tinha ouvido falar, mas não sabia direito do que se tratava, aí uma vez eu tava andando de bici pela Cidade Baixa e centenas de ciclistas passaram por mim num cruzamento, me chamando pra ir junto. Achei engraçado e decidi mudar meu rumo, ir com eles. Foi divertidíssimo, desde então, fui em várias. O movimento em si começou há mais de vinte anos, em São Francisco, impulsionado por cicloativistas, dentre eles o Chris Carlsson.

Além da Massa Crítica, participa ou já participou de algum outro movimento ou evento voltado para ciclistas?

Sílvia Pont -Participo de todos que consigo, desde pedaladas propostas por amigos, manifestações, até pedais para levar ghost bikes em memória de quem morreu no trânsito pedalando.

Em 2011, foram registrados 249 acidentes com ciclistas em Porto Alegre, dos quais 7 resultaram em mortes (dados do ObservaPOA). O que você acha que poderia ser feito para diminuir esses números?

Sílvia Pont – Sinto que falta muita campanha de conscientização no trânsito, os motoristas desconhecem muitas leis, ou simplesmente optam por não respeitá-las. A lei do 1,5m de distância na ultrapassagem, e até mesmo o fato de as bicicletas serem sim veículos (de propulsão humana) com direito a ocupar a pista parecem ser um mistério para quem conduz veículos automotores. Soluções como aumentar o tempo do semáforo de pedestres e nivelar as faixas de segurança com a calçada são muito inteligentes e eficazes, mas dificilmente conseguem sair do papel, já que não passam pela aprovação na câmara.

Qual o momento mais marcante que você passou com a sua bicicleta?

Sílvia Pont – Difícil escolher um, todos são. Todos os dias em que eu pego a bicicleta para ir para o trabalho, para passear, para visitar amigos, seja o que for, é sempre uma sensação de escolha certa. É movimento, é vento na cara, é estar vivo. Sempre que eu estou com qualquer uma das minhas bicicletas é um momento especial.

Tem algumas dicas para quem quer deixar o carro na garagem e começar a usar a bicicleta como meio de transporte?

Sílvia Pont – Se dispa das desculpas. Vou suar, vou cansar, é perigoso, não vou conseguir, não tem ciclovia, nada disso é justificativa. Comece com trajetos pequenos, perto de casa e que não ofereçam maiores riscos, como parques. Depois de pegar o domínio da bicicleta, faça trajetos maiores, tente ir um dia para o trabalho, aos pouquinhos se vai perdendo todo o medo. Também é possível procurar o auxílio de um Bike Anjo, caso ache necessário. Use capacete, iluminação, ache a bici certa e curta! Aproveite! É a melhor coisa que tem. (:

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