Grêmio fora da Copa do Brasil = preconceito fora de campo?

Depois de um estádio lotado ser obrigado a testemunhar torcedores ofendendo o goleiro Aranha, do Santos, pelo simples fato de ele ser negro, o Grêmio acabou expulso da Copa do Brasil. A decisão unânime foi do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

A penalidade do Grêmio

O Grêmio ficou de fora de uma das principais competições do futebol nacional e ainda terá que pagar uma multa de R$ 50 mil pelo caso. Os torcedores que foram identificados por ter participado do ato ficarão proibidos de ir a estádios por dois anos – deve ser tempo suficiente para eles repensarem suas ações em campo.

O árbitro da partida, que não interferiu no momento em que os torcedores gremistas insultavam o goleiro, mesmo tendo sido alertado pelos jogadores do Santos, também ganhou cartão vermelho: ele ficará suspenso por 90 dias.

É a primeira vez que uma penalidade tão forte é tomada contra um time no futebol brasileiro. O Grêmio ainda pode entrar com um recurso. Dessa forma, o caso terá sua decisão final no Pleno do tribunal (última instância) em algumas semanas.

Opiniões divididas

A pergunta que fica é se a expulsão do Grêmio da Copa do Brasil irá mesmo deixar o preconceito fora de campo. Na internet, as opiniões estão divididas.

Este é um avanço na maneira de tratar o racismo – ou não? Afinal, alguém precisa ser o primeiro a encarar de frente a punição sobre um problema comum no futebol. Até mesmo o presidente da Fifa se manifestou sobre o caso, dizendo que o “Brasil enviou a mensagem certa”:

I’ve said football MUST be stronger in tackling racism. Brazil has sent the right message, banning a team from the Cup due to ‘fans’ abuse.

— Joseph S Blatter (@SeppBlatter) 4 setembro 2014

Por outro lado, muitos questionam a validade da decisão e sugerem que, apesar da punição ter afetado o Grêmio, a prática já é comum nos estádios – e deve continuar assim -, mas nenhuma outra equipe foi punida por atos similares.

Agora nós queremos saber qual a sua opinião! Conte para a gente.

Com informações de Reuters Brasil e Zero Hora.