Concurso público x Índice de Massa Corporal
Ela foi definida por um número. Os seus 28 anos e os 1,65 metros de altura são coadjuvantes. O protagonista da história tem três dígitos: 110. Seu nome é Bruna Giorjiani de Arruda e seu “problema” são seus 110 quilos. Problema pra quem? Aprovada em um concurso em 2013, a professora teve sua contratação indeferida pelo Estado de São Paulo porque foi considerada obesa.
Em entrevista ao site de notícias Uol, Bruna questionou: “Se contratam deficientes, o que acho justo, por que não podem admitir obesos?”.
Conforme a justificativa dada pelo DPME (Departamento de Perícias Médicas do Estado de São Paulo), é que devido ao peso, Bruna poderá desenvolver uma série de doenças futuramente e isso prejudicaria o serviço público. Em nota oficial, o DPME disse que a reprovação atende ao “interesse coletivo” e não está fundamentada em preconceito.
Mesmo apresentando exames que comprovam que ela não possui doença alguma, o que prevaleceu para o DPME foi o valor do Índice de Massa Corporal (IMC) de Bruna, que é de 40,4, caracterizando “obesidade mórbida”.
Em entrevista ao site de notícias Uol, Bruna questionou: “Se contratam deficientes, o que acho justo, por que não podem admitir obesos?”.
A professora ingressou com recurso contra a decisão do DPME para se submeter a dois novos exames. Bruna afirmou que caso seja novamente reprovada, vai ingressar com um mandado de segurança por intermédio da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo). Também informou que ingressará com ação judicial para defender os direitos dos professores que passaram por situação semelhante.
Fonte: UOL Notícias
