Capital gaúcha sedia 2º Encontro de Ações Públicas e a Causa Animal
Discutir ações públicas em favor da causa animal: este foi o objetivo do 2º Encontro de Ações Públicas e a Causa Animal, realizado em Porto Alegre no último sábado, 21, na Câmara de Vereadores, iniciativa da vereadora Lourdes Sprenger, e do deputado Estadual, Gabriel Souza, que contou com o apoio da Fundação Ulysses Guimarães Rio Grande do Sul. Ao todo, representantes de 74 municípios do estado participaram da atividade.
Segundo o presidente da FUG/RS, João Alberto Machado, a luta pela causa animal é muito importante. “Temos a obrigação de nos engajarmos e lutarmos ao lado dos militantes, fazendo uma nova política e construindo o conhecimento através de debates que qualifiquem e proponham novas ações públicas”, explica.
Já para a vereadora Lourdes, o primeiro encontro, realizado em 2013, abriu muitas portas para o apoio à causa. “Na oportunidade, nós debatemos sobre ação do voluntariado, visão atual da Causa Animal, legislação da Causa Animal e ações públicas pelos animais domésticos. Nós tivemos um grande avanço, afinal, o 1º encontro foi a nível estadual e agora elevamos para nacional”, conta.
Um dos organizadores do evento foi o deputado estadual , Gabriel Souza. “A FUG sempre é nossa parceira nos debates, inclusive da causa animal. Através dela e junto com a vereadora Lourdes pudemos promover debates importantes oriundos de pessoas muito qualificadas”, afirma.
Painéis
O primeiro painel foi apresentado por Carla Molento, médica veterinária e professora de bem-estar animal da Universidade Federal do Paraná. Ela falou sobre maus tratos e abandono animal. “Dificilmente vamos ter uma sociedade consciente da guarda responsável enquanto não tiverem ciência de que animais são seres sencientes, pois têm a capacidade de sofrer, sentir prazer ou felicidade”, afirma. “É preciso estimular a convivência saudável com toda a fauna urbana, incluindo cães e gatos comunitários e animais sinamtrópicos”, aponta.
Segundo Carla, nada se resolve sem uma conversa conjunta entre ciência, política e direito. “Nossa intenção é diminuir a mortalidade, estabilizar a natalidade e diminuir os maus tratos. Essa invervenção na reprodução é necessária em função da superpopulação”, explica.
O segundo painel foi apresentado pelo promotor de justiça e responsável pela coordenadoria do Meio Ambiente do Ministério Público/RS, Daniel Martini, e contou com a participação da diretora-presidente da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Gravataí, Claudia Costa, e da médica veterinária com especialização em Vigilância da Saúde, Bárbara Stenzel.