Discurso de Rui Barbosa integrará novo volume da coletânea O Pensamento Político Brasileiro

A coletânea O Pensamento Político Brasileiro, editada pela Fundação Ulysses Guimarães, é um conjunto de 15 volumes, com textos originais de nomes que, de algum modo, deixaram uma marca no cenário político de seu tempo.

A FUG está finalizando o vol. 7 da coletânea, o de Juscelino Kubitschek, que será lançado ainda neste primeiro semestre e trará 48 discursos do ex-presidente.

Depois dele, será publicado o volume de Rui Barbosa, mas a cuja organização a FUG já vem se dedicando ao longo dos últimos dias.

Ruy Barbosa de Oliveira foi um polímata brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador.

Ruy Barbosa de Oliveira foi um polímata brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista, político, diplomata, escritor, filólogo, tradutor e orador.

Por ocasião das recentes celebrações da Semana Santa, e na esteira dos acontecimentos que o Brasil ora atravessa, resolveu-se disponibilizar aqui um dos textos que integrarão este volume da coletânea.

Proferido há exatos 117 anos, em 31 de março de 1899, trata-se de O Justo E A Justiça Política, discurso em que Rui Barbosa analisa a ruína moral do tempo e do mundo ao comentar o julgamento de Jesus Cristo, transpondo para a sua época a interferência da política dos governos nos atos do Supremo Tribunal Federal.

De Anás a Herodes o julgamento de Cristo é o espelho de todas as deserções da justiça, corrompida pela facções, pelos demagogos e pelos governos. A sua fraqueza, a sua inconsciência, a sua perversão moral crucificaram o Salvador, e continuam a crucificá-lo, ainda hoje, nos impérios e nas repúblicas, de cada vez que um tribunal sofisma, tergiversa, recua, abdica. […] Medo, venalidade, paixão partidária, respeito pessoal, subserviência, espírito conservador, interpretação restritiva, razão de Estado, interesse supremo, como quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não há salvação para o juiz cobarde.

É apenas um aperitivo do vol. 8, que trará alguns dos sofisticados e (sempre atuais) incontáveis pensamentos de Rui. Acesse aqui o discuso na íntegra.

Boa leitura! :)

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>