As multas de trânsito vão ficar mais caras. Mas… Será mesmo que a multa educa?

Por FUG em 30 outubro 2014 O assunto é |

A partir deste sábado, algumas infrações de trânsito vão pesar um pouco mais no bolso dos motoristas. É quando entra em vigor uma lei federal que promete alterar o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entre as mudanças está o aumento no valor das multas aplicadas para determinadas infrações.

As ultrapassagens perigosas, por exemplo, quando há um veículo vindo em sentido contrário, vão ficar 10 vezes mais caras. A multa para este tipo de infração sobe de R$ 191,54 para R$ 1.915,40. Já aqueles que ultrapassarem pelo acostamento terão uma alta de 650% no valor da multa, que vai de R$127,69 para 957,70. E estes são apenas alguns exemplos, já que outras infrações também passarão a ser punidas com multas mais altas.

Mas peraí…

… a multa educa?

Eis a pergunta que não quer calar: será que a multa é mesmo a solução para estes problemas?

Nem mesmo os especialistas no assunto concordam muito com isso. Para eles, a lei provavelmente será cumprida a curto prazo, mas ela não deve funcionar por muito tempo. Isso porque aumentar a pena é transferir a responsabilidade apenas para os motoristas, esquecendo-se de que o mais importante são as ações de conscientização.

Ou seja, agravar a pena ataca os sintomas, mas não combate as causas. Uma pessoa pode até deixar de cometer uma manobra perigosa para não receber uma multa uma vez. Mas, se não tiver sido educada para entender todos os efeitos que este tipo de ação irresponsável no trânsito pode causar, certamente irá voltar a cometer a mesma infração sempre que souber que não está sendo vista.