“Sexo e as negas” te representa?
Ei, você. Você mesmo, branca, preta, marrom, amarela. E você também, homem de todas as cores. E você aí, transgênero multicolorido. Já viu o novo seriado da Globo, “Sexo e as negas“?
A não ser que você seja o Miguel Falabella, é bem provável que tenha respondido não ao questionamento acima. É que o programa nem foi ao ar ainda. E pode até mesmo acabar não indo, graças às diversas denúncias de preconceito que vem recebendo nos últimos dias. O motivo da controvérsia começa pelo nome “Sexo e as negas“.
Sexo e as negas
“Sexo e as negas” foi uma ideia de Miguel Falabella que, segundo ele, surgiu numa feijoada na Cidade Alta de Cordovil. A ideia era fazer uma versão abrasileirada da série Sex and The City, situada na favela e com quatro mulheres negras como protagonistas. Dito isso, é fácil entender porque a série que ainda nem começou já está dando o que falar.
O programa, que deve estrear no dia 16 de setembro, já foi motivo de 11 denúncias de racismo feitas à ouvidoria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República.
Globo, eu não sou tuas nega
Como a maioria dos protestos, este acabou parando também nas redes sociais. Ou será que surgiu por lá? A página Boicote Nacional ao programa “Sexo e as negas” da Rede Globo já conta com mais de 21 mil curtidas – e subiiindo! A grande maioria dos posts mostra mulheres com os dizeres “Sexo e as negas não me representa” ou “#SexoEAsNegasNaoMeRepresenta”. Outra página, com o nome de Sexo e as negas, não me representa (sic) já passou das três mil curtidas.
E já tem até um protesto contra o programa marcado para o dia 14 de setembro (ou seja, domingo!). Quase mil pessoas já estão confirmadas no evento que ainda não tem lugar marcado para acontecer. #TePrograma #OuNao
Para você ver como o preconceito vem de todos os lados. Antes mesmo do programa estrear já tinha um monte de gente criando ideias pré-concebidas baseada em nada mais do que um título.
Talvez agora que a série estreou seja a hora de realmente botar o cérebro para pensar e fazer uma critica bem embasada apontando todos os momentos em que a mulher foi diminuída, tratada como um objeto sexual ou que tenha havido qualquer ato de racismo durante o episódio.
Isso sim poderia ser algo relevante que gere uma discussão saudável sobre o papel do negro e da mulher na mídia.
Oi Michael!! Tudo bem?? Esse é um ponto importante a ser levado em consideração. Mesmo assim, muita gente se sentiu ofendida a começar pelo nome do programa “Sexo e as Negas” – que certamente foi uma escolha um pouco infeliz.
Mas quem sabe a gente volta nos próximos dias com um compilado dos “pequenos preconceitos” (se é que isso existe) que foram exibidos durante o programa. 😉