É cartão vermelho para o preconceito no futebol
Você ainda acha que não existe preconceito no Brasil? Pois é, bem que seria bom se não existisse. Na última quinta-feira, foi provado que, sim, o preconceito está no meio de nós. #chatiados
Durante uma partida entre Grêmio e Santos, no estádio Arena, em Porto Alegre, uma torcedora foi flagrada xingando o goleiro santista Aranha de macaco e o vídeo viralizou nas redes sociais. E ela não foi a única: outros torcedores imitaram sons e gestos de macaco para ofender o goleiro, que disse ainda ter sido chamado de “preto fedido”.
Olho por olho?
A torcedora que foi gravada xingando muito o goleiro Aranha merece sim uma punição. Mas ela também tem direito à justiça. O problema é que, na onda de gentileza gera gentileza, tem sempre alguém que nos lembra o contrário: violência também gera violência. Patrícia Silva teve a sua casa pedrejada na última sexta-feira. #chatiados²
Preconceito é crime
O crime de injúria racial (que a gente conhece simplesmente como preconceito) é punido com um a três anos de prisão, além de multa. Se o réu não tiver antecedentes criminais, o processo pode ser suspenso por dois anos, desde que haja alguma contrapartida prevista, como prestação de serviços à comunidade, comparecimento mensal em juízo e proibição de frequentar estádios de futebol por um tempo determinado. A vítima também pode solicitar o pagamento de uma indenização por danos morais.
Somos azuis, pretos e brancos
Depois do episódio, o Grêmio começou uma campanha contra o preconceito em campo, exibindo no estádio o termo “Chega”. Os jogadores entraram na onda e mostraram em campo uma faixa dizendo “Somos azuis, pretos e brancos. Chega de racismo”.
Os torcedores apoiaram a iniciativa e muitos foram ao estádio com cartazes em que exibiam frases como “Somos todos gremistas, não somos todos racistas. Punição a quem não nos representa” e “Gremista sim, racista, não. Não generalizem”.
Confira o vídeo publicado pelo clube em seu canal oficial no Youtube:
Com informações de Zero Hora e Gazeta Esportiva.