Tá por fora? Entenda os protestos na USP

A greve de professores e funcionários nas universidades paulistas começou em maio e já é considerada a mais longa dos últimos dez anos. O motivo? Ambas categorias buscam o fim do congelamento de salários proposto pelos reitores da USP, Unesp e Unicamp.

Protestos na USP

Mas, se eles não queriam ver seus salários congelados, não podiam contar com o pior: com a greve, parte dos 15 mil funcionários técnico-administrativos da USP tiveram seu ponto cortado. Isso resultou em novos protestos, que tiveram início no dia 4 de agosto.

O que motivou os protestos na USP

Este ano, as instituições anunciaram uma crise financeira que levou as universidades a congelarem os reajustes salariais previstos para o período. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre do ano, 105,5% do orçamento da USP foi usado no pagamento de seus mais de 20.000 funcionários (entre professores e técnico-administrativos).

Vale lembrar que o corte de salários está previsto no Brasil quando uma greve é considerada ilegal, o que não é o caso da paralisação dos funcionários da USP, já que ela está pautada na falta de reajuste salarial e a Constituição garante o reajuste anual do salário para garantir a manutenção do poder aquisitivo dos servidores.

Vai uma boa ação, aí?

Como os funcionários da instituição tiveram seus salários cortados, mas os docentes não, o professor da Faculdade de Direito da USP, Jorge Souto Maior, tomou uma iniciativa inusitada: doou todo o seu salário aos trabalhadores que não haviam recebido. Para ele, “se alguns trabalhadores não vão receber seus salários, não é justo” que ele receba o seu.  

Outros funcionários que não tiveram o seu ponto cortado decidiram que também irão doar uma parte de seus salários aos colegas, enquanto a Asusp (Associação dos Docentes da USP) estuda a compra de 1.000 cestas básicas que deverão ser entregues aos trabalhadores que tiveram seu ponto cortado.

E aí, você também doaria o seu? (Dica: a gente espera ouvir muitos “sim”) 😉

Com informações de G1R7 e R7.

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