Protestos nos Estados Unidos: um país contra o preconceito

Antes de qualquer coisa, você precisa saber do fato: um policial atirou e matou o estudante negro Michael Brown em Ferguson, no estado americano do Missouri. Isso aconteceu no sábado, dia 9 de agosto. Depois disso, há duas versões: a do chefe de polícia, que diz que o jovem havia agredido o policial e tentado roubar sua arma; e a de um amigo do jovem, que diz que ele estava rendido com as mãos para cima ao ser atingido.

#DontShoot: população levanta às mãos para homenagear Brown em protesto nos Estados Unidos.

#DontShoot: população levanta as mãos para homenagear Brown em protesto nos Estados Unidos.

A autópsia encomendada pelos pais de Brown traz ainda uma terceira versão: a de que o estudante tenha sido baleado à distância, já que não havia sinais de pólvora em seu corpo. E há ainda um suposto vídeo da morte do garoto, que teria sido gravado por uma testemunha, mas ainda não foi divulgado.

Protestos nos Estados Unidos

A contradição foi suficiente para gerar uma onda de protestos nos Estados Unidos, que chegam a ser semelhantes com os que ocorreram aqui no Brasil no ano passado. No dia seguinte à morte do garoto, houve uma série de agressões e saques que resultou em 32 pessoas presas e dois policiais feridos. Até mesmo o início do segundo semestre letivo, que deveria começar na última semana, teve que ser adiado por questões de segurança.

Para se ter uma ideia, dois terços dos moradores de Ferguson são negros. Mesmo assim, 50 dos 53 policiais da cidade são brancos. Há mais de uma semana a cidade de apenas 21 mil habitantes enfrenta protestos violentos com foco nesta tensão racial.

Assim como no Brasil os protestos eram por muito mais do que 20 centavos, em Ferguson eles vão além da morte de Brown, refletindo a histórica desigualdade econômica e social entre negros e brancos nos Estados Unidos. 

Com informações de Zero Hora e Veja.

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