O atraso do #ProtestoEllus

Sim, nós estamos atrasados. E não é do Brasil que estamos falando, e sim da notícia de hoje, que já deveria ter sido assunto há alguns dias, quando a marca Ellus terminou seu desfile de primavera-verão do São Paulo Fashion Week com a campanha #ProtestoEllus, em que modelos da marca desfilaram com camisetas onde se lia “Abaixo Este Brasil Atrasado” .

Campanha #ProtestoEllus no SPFW

Campanha #ProtestoEllus no SPFW

Depois de receber duras críticas nos jornais e nas redes sociais, a marca julgou que a campanha havia sido mal interpretada e resolveu se explicar: afinal, eles só queriam dizer que TUDO no Brasil era atrasado, com uma nota de esclarecimento que a gente só pode chamar de atrasada também: “O Brasil está entupido, um congestionamento em tudo. Não anda no trânsito, nos aeroportos, nos hospitais, nas estradas, na energia, nas escolas, na comunicação, na burocracia (corrupção)… Até a água está entupida!”. Oi?

Trabalho escravo é progresso?

Só que a equipe de assessoria de imprensa da Ellus se esqueceu de uma coisa, pelo visto: a marca está sendo questionada pela justiça pelo uso de mão de obra escrava desde 2012. Sim, parece que o processo atrasou um pouco…

E a marca não está sozinha na lista de “senhores de escravos da moda”: empresas como Marisa, Pernambucanas, C&A, Zara, Collins e Gregory também já foram indiciadas por uso de trabalho escravo.

Afinal, quem é mesmo o responsável por tanto atraso?

Saiba mais.

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