Já ouviu falar da exposição ocupação que acontece em São Paulo?
Exposição ocupação é o que acontece num prédio de 13 andares, na Rua do Ouvidor, no centro histórico de São Paulo, desabitado há nove anos. Mais de 100 artistas, de vários estados do país, estão ocupando o local e colocando toda a sua criatividade em prática: montando ateliês, estúdios, sala de dança e saraus poéticos. Participam da ação os coletivos Estúdio Lâmina, Andróides Andóginos, Teatro Geográfico, Rua Nua, Tanq_ Roza Choq_, Vodoo Hop, Cut Rock Club, Couch Surfing e a gravadora independente The Southern Crown.
Os artistas, que contam com apoio e parceria de arquitetos e urbanistas, planejam restaurar o imóvel, preservando sua história de ex-escritório da Secretaria estadual de Cultura, da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e de residência. Todo o processo está sendo registrado para virar livro e documentário.
#Ouvidor63
Em menos de dez dias da ocupação, mais de uma centena de inscrições de projetos de outros artistas e coletivos interessados em viver ou trabalhar no local, batizado de Ouvidor 63, foram recebidos pelos atuais ocupantes. Diferentemente do que aconteceu nas ocupações da Bhering no Rio, e da Casa Amarela, também no centro de São Paulo, o projeto não tem só o objetivo de criar um centro cultural, com espaços expositivos e ateliês. O grupo considera fundamental ocupar alguns andares com residências artísticas, para que haja troca de conhecimentos, além de incentivar o surgimento de novos coletivos e revitalizar o entorno.
Ah, os modernistas!
O plano de ocupação foi consolidado durante um work in progress realizado pelo coletivo Androides Andróginos no Estúdio Lâmina, conta a fotógrafa Marina Bitten, do coletivo Rua Nua. Mas a gênese da ideia aconteceu no Edifício Planalto, na Rua Maria Paula, onde vivem alguns artistas. Da sacada, com uma das melhores vistas de São Paulo, eles observavam o edifício lacrado, desabitado e degradado. Viram de lá outra ocupação, liderada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto.
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Fonte: O Globo