Exposição “Genesis” chega a Porto Alegre/RS
Elas sempre em preto e branco. Revelam lugares intocáveis pelo homem ao redor do mundo. As imagens retratam a Antártida, a vida selvagem do continente africano, além das Ilhas Galápagos, Nova Guiné, Sumatra e Madagascar e formam a exposição “Genesis”, do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado.
Na região da bacia do Xingu/MT, um grupo de indígenas waurá pesca na lagoa Piyulaga. (Foto: Sebastião Salgado/Divulgação)
Depois de percorrer capitais da Europa, passar pelo Rio de Janeiro e por São Paulo, “Genesis” chega a Porto Alegre/RS. A mostra será aberta nesta quinta-feira, 13, às 19 horas, na Usina do Gasômetro, e contará com a presença do fotógrafo.
Sebastião Salgado levou 12 anos para realizar o trabalho, sendo quatro de planejamento e oito fotografando diversos cantos do globo. Muitos desses lugares são inóspitos e de difícil acesso, e para isso, Salgado fez viagens em aviões de pequeno porte, helicópteros, barcos e canoas, além de longas caminhadas em terrenos difíceis e enfrentando extremos de temperatura.
As 245 fotos da mostra estão dividas em cinco seções geográficas: Planeta Azul, Santuários, África, Terras do Norte e Amazônia e Pantanal.
Pinguins-de-barbicha se atiram de iceberg localizado entre as ilhas Zavodovski e Visokoi, nas Ilhas Sandwich do Sul (Foto: Sebastião Salgado/Divulgação)
Fotógrafo receberá homenagem
O fotógrafo permanece em Porto Alegre até sexta-feria,14, e realizará uma palestra gratuita e aberta ao público no Salão de Atos da UFRGS, às 10h. No mesmo dia, ele receberá o título de Cidadão Porto Alegrense em Sessão Solene na Câmara dos Vereadores.
Exposição até 12 de maio
A mostra permanece na capital gaúcha até o dia 12 de maio, com entrada franca e com visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 21h; sábado e domingo, das 10h às 21h, na Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551 – Centro).
Saiba mais sobre o trabalho de Sebastião Salgado
Na obra de Sebastião Salgado, este é o terceiro mergulho de longa duração em questões globais. Trabalhadores (1986-1992) e Êxodos (1994-1999) – esta última apresentada na Usina do Gasômetro em 2000 – retrataram as consequências das mudanças econômicas e sociais sobre as vidas humanas. Em “Genesis” ele trata do ambiente natural, mas, ao invés de colocar os holofotes nas consequências da poluição e das alterações climáticas sobre a terra, o mar e o ar, Salgado revela imagens que exaltam à beleza e a fragilidade do planeta.
Fontes: Koralle e jornal Zero Hora/RS
